Características epidemiológicas da esquistossomose mansônica no estado da Bahia, Brasil (2007 - 2022)
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-6938.2025v29n2p275-291Resumo
Este estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico da esquistosomose mansônica (EM) no Estado da Bahia no período de 2007 a 2022. É um estudo descritivo de tendência temporal, desenvolvido por meio da tabulação dos dados obtidos pelo departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Desse modo, pode-se observar no estudo, que o Estado da Bahia é considerado uma área endêmica para doença, apresentando um total de 31.048 casos ao longo de 16 anos, período analisado. Alusivo ao perfil sociodemográfico, podemos observar a prevalência da enfermidade em indivíduos do sexo masculino, pardos, com a faixa etária entre 20 a 39 anos e com nível de escolaridade de ensino fundamental (5º a 8º ano incompleto). Respectivo às variáveis epidemiológicas, podemos constatar a prevalência no ano de 2007, tendo o mês de maio com maior índice de notificações. Mediante a isto, torna-se explícito que um dos fatores relacionados a prevalência da doença é a carência de informações a serem fornecidas a população.
Downloads
Referências
ALENCAR, V.J.B. et al. Temporal trends and spatial and spatiotemporal distribution of schistosomiasis mansoni in northeast Brazil between 2005 and 2016. Transact. Royal Soc. Trop. Med. Hyg., v.118, n.6, p.359-366, 2024. doi: https://doi.org/10.1093/trstmh/trad099
ALMEIDA, M.E.A. et al. The life cycle of Schistosoma mansoni and schistosomiasis disease: an educational approach. Cad. Pedag., v.22, n.4, p.e13928-e13928, 2025. doi: https://doi.org/10.54033/cadpedv22n4-055
ARRUDA, L.B S.; DANTAS, V.F.; BACHUR, T.P.R. Aspectos gerais sobre a Esquistossomose mansoni: Uma breve revisão de literatura. Doenças Infec. Parasit. Contexto Bras., v.4, n.1, p.161, 2023.
BALUKU, J.B. et al. Respiratory morbidity in Schistosoma mansoni infection: a rapid review of literature. Therap. Adv. Infect. Dis., v.10, n.1, p.20499361231220152, 2023. doi: https://doi.org/10.1177/20499361231220152
BARBOSA, L.G.C.; SILVA, J.P. Esquistossomose e determinantes sociais. Rev. Atenas Higeia, v.1, n.2, p. 4-45, 2019.
BARRETO M.S.; GOMES E.C.S.; BARBOSA C.S. Turismo de risco em área vulnerável para transmissão da esquistossomose e Mansônica no Brasil. Cad. Saúde Pública, v.32, n.3, p.1-3, 2016.
BEZERRA, D.V. et al. Factors associated with Schistosoma mansoni infestation in northeast Brazil: A need to revisit individual and community risk factors. Am. J. Trop. Med. Hyg., v.104, n.4, p.1404, 2021. doi: https://doi.org/10.4269/ajtmh.19-0513
BINA, J.C.; PRATA, A. Esquistossomose na área hiperendêmica de Taquarendi: I Infecção pelo Schistosoma mansoni e formas graves. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v.36, n.2, p.211-216, 2003.
BUELOW, V.V. et al.; Does Schistosoma mansoni facilitate carcinogenesis? Cells, v.10, n.8, p.1982, 2021. doi: https://doi.org/10.3390/cells10081982
CAMELO, G.M.A. et al. Schistosoma and leishmania: an untold story of coinfection. Trop. Medicine and Infectious Disease, v. 8, n. 8, p. 383, 2023. doi: https://doi.org/10.3390/tropicalmed8080383
CARBONELL, C. et al. Clinical spectrum of schistosomiasis: an update. J. Clin. Med., v.10, n.23, p.5521, 2021.
CARDOSO, D.M. et al. Aspectos espaciais, sociodemográficos, clínicos e temporais da esquistossomose no estado de Minas Gerais entre os anos de 2011 e 2020. Braz. J. Develop., v.7, n.8, p.78130-78143, 2021. doi: https://doi.org/10.34117/bjdv7n8-165
CARVALHO, B.L. et al. Análise epidemiológica da evolução do quadro de esquistossomose na Bahia, durante o período de 2015 a 2022. Braz. J. Infect. Dis., v.27, n.1, p.103507, 2023.
COELHO, P.R. et al. Identification of risk areas for intestinal schistosomiasis, based on malacological and environmental data and on reported human cases. Front. Med., v.8, n.1, p.642348, 2021.
COSTA, J.V.B.; SILVA-FILHO, J.M.D. Esquistossomose mansônica: uma análise do perfil epidemiológico na região sudeste. Rev. Saúde.com, v.17, n.3, 2021. doi: https://doi.org/10.22481/rsc.v17i3.8509
FRIAS P.G. et al. Avaliação da adequação das informações de mortalidade e nascidos vivos no Estado de Pernambuco, Brasil. Cad. Saúde Pública, v.26, n.4, p.671-681, 2010.
GOMES, E.C.D.S. et al. Urban schistosomiasis: an ecological study describing a new challenge to the control of this neglected tropical disease. Lancet Reg.Health–Am., v.8, n.1, p.16, 2022. doi: https://doi.org/10.1016/j.lana.2021.100144
INOBAYA, M.T. et al. Schistosomiasis mass drug administration in the Philippines: lessons learnt and the global implications. Microbes Infect., v.17, n.1, p.6-15, 2015.
KATZ, N. Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses. Repositório Institucional da Fiocruz, v.22, n.1, p.15, 2018.
LEITE, B.H.S. et al. Incidência de esquistossomose mansônica em Pernambuco no período compreendido entre 2010 a 2016. Cad. Grad. Ciênc. Biol. Saúde, v.3, n.2, p.56-57, 2017.
LIMA, M.G. et al. Compatibility polymorphism based on long-term host-parasite relationships: Cross talking between Biomphalaria glabrata and the trematode Schistosoma mansoni from endemic areas in Brazil. Front. Immunol., v.10, n.1, p.328, 2019. doi: https://doi.org/10.3389/fimmu.2019.00328
MALTA, K.K. et al. Schistosomiasis mansoni-recruited eosinophils: An overview in the granuloma context. Microorganisms, v.10, n.10, p.2022, 2022. doi: https://doi.org/10.3390/microorganisms10102022
MELO, A.G.S.D. et al. Esquistossomose mansônica em famílias de trabalhadores da pesca de área endêmica de Alagoas. Esc. Anna Nery, v.23, n.1, p.1-10, 2018.
MELO, L.E.M. et al. Perfil clínico-epidemiológico de indivíduos portadores de esquistossomose no estado de pernambuco no período de 2018 a 2022. Braz. J. Infect. Dise., v.27, n.1, p.103565, 2023. doi: https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103565
MENEZES, C.A. et al. FioSchisto’s expert perspective on implementing WHO guidelines for schistosomiasis control and transmission elimination in Brazil. Front. Immunol., v.14, n.1, p.1268998, 2023. doi: https://doi.org/10.3389/fimmu.2023.1268998
MURTA, F.L.G. et al. Teachers as multipliers of knowledge about schistosomiasis: a possible approach for health education programmes. BMC Infect. Dis., v.22, n.1, p.853, 2022. doi: https://doi.org/10.1186/s12879-022-07829-x
OFORI, E.K.; FORSON, A.O. Schistosomiasis: recent clinical reports and management. Rising Contagious Dis. Bas., Manag. Treatments, v.1, n.26, p.368-377, 2024. doi: https://doi.org/10.1002/9781394188741.ch26
OLIVEIRA, E.C.A. et al. Incompletude dos óbitos por esquistossomose no sistema de informação sobre mortalidade em Pernambuco, 2000-2014. Rev Gestão Sist. Saúde, v.8, n.3, p.343-353, 2019. Doi: https://doi.org/10.5585/rgss.v8i3.13698
PAIVA, M.C.D. et al. Epidemiologia das internações por esquistossomose no brasil nos últimos 10 anos (2014-2024). Braz. J. Implantol. Health Sci., v.7, n.3, p.1300-1311, 2025. doi: https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n3p1300-1311
PALASIO, R.G.S.; CHIARAVALLOTI-NETO, F.; TUAN, R. Distribution of genetic diversity of neotropical Biomphalaria (Preston 1910) (Basommatophora: Planorbidae) intermediate hosts for schistosomiasis in Southeast Brazil. Front. Trop. Dis., v.4, n.1, p.1143186, 2023. doi: https://doi.org/10.3389/fitd.2023.1143186
PALASIO, R.G.S. et al. Diversity of Biomphalaria spp. freshwater snails and associated mollusks in areas with schistosomiasis risk, using molecular and spatial analysis tools. Biota Neotropica, v.19, n.4, p. e20190746, 2019.
PAZ, W.S.D. Population-based, spatiotemporal modeling of social risk factors and mortality from schistosomiasis in Brazil between 1999 and 2018. Acta Tropica, v. 218, n. 1, p. 105897, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2021.105897
POAGUE, K.I.H.M.; MINGOTI, S.A.; HELLER, L. Water, sanitation and schistosomiasis mansoni: a study based on the Brazilian National Prevalence Survey (2011-2015). Ciênc. Saúde Coletiva, v.28, n. 2, p.363-372, 2023.
PONZO, E. et al. Insights into the epidemiology, pathogenesis, and differential diagnosis of schistosomiasis. Euro. J. Microbiol. Immunol., v.14, n.2, p.86-96, 2024. doi: https://doi.org/10.1556/1886.2024.00013
RAMOS, M.C.; SILVA, D.C.; CUNHA E SILVA, S.L. Educação, saúde e meio ambiente: o caso da Esquistossomose no município de Itororó-BA. Rev Saúde. Com, v.3, n.2, p.70-76, 2007.
REY, L. Parasitologia: Parasitos e doenças parasitarias do homem nas Américas e na África. Rio de Janeiro: Guanabara Koongan, 2008.
ROCHA, M.O.C. et al. Pathogenetic factors of acute schistosomiasis mansoni: correlation of worm burden, IgE, blood eosinophilia and intensity of clinical manifestations. Trop. Med. Intern. Health, v.1, n.2, p.213-220, 1996. doi: https://doi.org/10.1111/j.1365-3156.1996.tb00029.x
ROCHA, M.O.C. et al. Gastro-intestinal manifestations of the initial phase of schistosomiasis mansoni. Ann. Trop. Med. Parasitol., v.89, n.3, p.271-278, 1995.
SANTOS, M.C.S. et al. Effect of environmental factors in reducing the prevalence of schistosomiasis in schoolchildren: An analysis of three extensive national prevalence surveys in Brazil (1950–2018). PLOS Neglected Trop. Dis., v.17, n.7, p.e0010804, 2023. doi: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0010804
SCHUSTER, A. et al. Knowledge, experiences, and practices of women affected by female genital schistosomiasis in rural Madagascar: A qualitative study on disease perception, health impairment and social impact. PLOS Neglected Trop. Dis., v.16, n.11, p.e0010901, 2022. doi: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0010901
SILVA, B.M.D. et al. High schistosomiasis-related mortality in Northeast Brazil: trends and spatial patterns. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v.55, n.1, p.e0431-2021, 2022.
SILVA, E.P. et al. Prevalência de esquistossomose na cidade de Limoeiro Agreste de Pernambuco. Saúde Coletiva (Barueri), v.11, n.69, p.7936-7940, 2021.
SOARES, D. et al. Avaliação epidemiológica da esquistossomose no estado de Pernambuco através de um modelo de regressão beta. Arch. Health Sci., v.26, n.2, p.116-120, 2019. doi: https://doi.org/10.17696/2318-3691.26.2.2019.1302
SOBRINHO, F.S.L. et al. Incidência de Esquistossomose mansônica no Nordeste brasileiro, no período de 2013 a 2017. Diversitas J., v.5, n.4, p.2881-2889, 2020.
SOUZA, R.L.M. et al. Aspectos epidemiológicos da esquistossomose em área do sudoeste de Minas Gerais, Brasil. Rev Inst. Adolfo Lutz, v.76, n.1730, p.1-10, 2017.
TORRES-VITOLAS, C.A. et al. Behaviour change interventions for the control and elimination of schistosomiasis: a systematic review of evidence from low-and middle-income countries. Plos Neglected Tropical Diseases, v.17, n.5, p.e0011315, 2023. doi: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0011315
TRINDADE, M.A.O.D. et al. Geospatial analysis and prevalence of Schistosoma mansoni and soil‐transmitted helminth infections in an endemic area in Eastern Brazilian Amazon. Trop. Med. Int. Health, v.29, n.6, p.507-517, 2024. doi: https://doi.org/10.1111/tmi.13993
VITORINO, R.R. et al. Esquistossomose mansônica: diagnóstico, tratamento, epidemiologia, profilaxia e controle. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd., v.10, n.1, p.39-45, 2012.
VUOSO, K. Schistosomiasis: a review of other public health interventions. Underg. J. Public Health, v.6, n.1, p.20-25, 2022. doi: https://doi.org/10.3998/ujph.2309
WANG, X.Y. et al. Prevalence and correlations of schistosomiasis mansoni and schistosomiasis haematobium among humans and intermediate snail hosts: a systematic review and meta-analysis. Infect. Dis. Poverty, v.13, n.5, p.1-15, 2024. doi: https://doi.org/10.1186/s40249-024-01233-0
ZANARDI, V.S. et al. Prevalence of Infection of Biomphalaria glabrata by Schistosoma mansoni and the risk of urban Schistosomiasis mansoni in Salvador, Bahia, Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v.52, n.1, p. e20190171-e20190171, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gabriele Lopes Franco, Vívian Eloane Batista de Oliveira , Fernanda Dcarmo Farias Santos, Carlos Eduardo Lima Sousa, Tatiane Silva Belo, Raimundo Nonato Colares Camargo-Júnior, Flávia Borges Santos, Welligton Conceição da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.