Estimativa Matemática da Área Foliar de Brosimum gaudichaudii Trécul. (Moraceae)
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-6938.2025v29n1p30-39Resumo
A análise da área foliar é um método amplamente utilizado para avaliar o crescimento e o desenvolvimento vegetativo das plantas. Esta técnica é eficiente, econômica, rápida e não destrutiva, que pode ser obtido através de modelos matemáticos, sendo uma técnica eficaz, barata, rápida e não destrutiva. Objetivou-se determinar uma equação para estimar a área foliar da espécie Brosimum gaudichaudii Trécul a partir do comprimento e/ou largura das lâminas foliares. Neste trabalho, foram utilizadas 154 folhas B. gaudichaudii fotografadas que foram analisadas com auxílio do software ImageJ ® para a obtenção dos parâmetros da lâmina foliar: comprimento (C), largura (L), produto do CxL e a área foliar observada (AFO). A estimativa foliar foi determinada utilizando as dimensões lineares das folhas (variáveis independentes) e a área foliar observada (variável dependente) utilizando-se equações de regressão linear, quadrática e potencial. Do ponto de vista prático, recomenda-se a equação matemática obtida através da regressão linear por meio da relação comprimento e largura, utilizado o modelo Y = 3,5833 + 0,6715x, com coeficiente de determinação de 0,9677. Portanto, o modelo matemático que utiliza o produto das dimensões lineares CxL é mais adequado para estimar a área foliar não destrutiva de B. gaudichaudii, uma vez que demonstra maior correlação.
Palavras-chave: Brosimum gaudichaudii. Modelo linear. Planta medicinal.
Downloads
Referências
BRANDÃO, M.; LACA-BUENDIA, J.P.; SATURNINO, H.M. Mais uma contribuição para o conhecimento da cadeia do Espinhaço: V. Serra de Itacambira ou do Catuni, MG. Daphne, v.6, n.1, p.42-59, 1996.
BRANDÃO, M.; GAVILANES, M.L. Cobertura vegetal do Município de Pedro Leopoldo, MG: formações vegetais e composição florística. Daphne, v.7, n.2, p.32-50, 1977.
BUCHANAN, B.B.; GRUISSEM, W.; JONES, R.L. Biochemistry & molecular biology of plants. Reino Unido: John Wiley & Sons, p.1265, 2015.
CARGNELUTTI, F.A. et al. Estimativa da área foliar de nabo forrageiro em função de dimensões foliares. Fitotecnia, v.71, n.1, p.47-51, 2012. doi: 10.1590/S0006-87052012000100008
CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2014.
CASTRO, A.Q. et al. Método não destrutivo para determinação da área foliar de Turnera subulata. Rev. Ifes Ciênc., v.7, n.1, p.1-9, 2021. doi: 10.36524/ric.v7i1.1127
COSTA, A.A.; ARAÚJO, G.M. Comparação da vegetação arbórea de cerradão e cerrado na Reserva do Panga, Uberlândia, Minas Gerais. Acta Bot. Bras., v.15, n.1, p.65-72, 2001.
DA SILVA JÚNIOR, M.C. 100 árvores do cerrado: guia de campo. Brasília: Rede de Sementes do Cerrado, 2005.
DE OLIVEIRA, G.G. et al. Tópicos Especiais em Produção Vegetal V. Guararema: Universidade Federal do Espírito Santo, 2015.
DURIGAN, G. et al. Plantas do cerrado Paulista: Imagens de uma paisagem ameaçada. São Paulo: Páginas & Letras, 2004.
ENGELBRECHT, L.M.W. et al. Chemical characterization, antioxidant and cytotoxic activities of the edible fruits of brosimun gaudichaudii Trécul, a Native Plant of the Cerrado Biome. Chem. Biodiversity, v.18, n.7, p.1-12, 2021. doi: 10.1002/cbdv.202001068
GAVILANES, M.L.; BRANDÃO, M. Potencialidades dos componentes da flora do Município de Itumirim, MG. Daphne, v.6, n.2, p.59-74, 1996.
GOERGEN, P.C.H. et al. Allometric relationship and leaf area modeling estimation on chia by non-destructive method. Braz. J. Agricul. Environ. Eng., v.25, n.5, p.305-311, 2021. doi: 10.1590/1807-1929/agriambi.v25n5p305-311
HATSCHBACH, G. et al. Levantamento florístico do cerrado (savana) paranaense e vegetação associada. Bol. Museu Bot. Munic., n.66, p.1-39, 2005.
HOLGUIN, V.A. et al. Estimation of leaf area of tithonia diversifolia using allometric equations. Trop. Subtrop. Agroecosys., v.22, p. 231-238, 2019.
JACOMASSI, E.; MOSCHETA, I.S.; MACHADO, S.R. Morfoanatomia e histoquímica de Brosimum gaudichaudii Trécul (Moraceae). Acta Bot. Bras., v.21, n.3, p.575-597, 2007. doi: 10.1590/S0102-33062007000300006
LORENZI, H. et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas. São Paulo: Instituo Plantarum de Estudos da Flora, 2006.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas árvoreas nativas do Brasil. São Paulo: Plantarum, 1992.
MARACAJÁ, P.B. et al. Estimativa da área foliar de juazeiro por dimensões lineares do limbo foliar. Rev. Verde Agroecol., v.3, n.4, p.1-5, 2008.
MARTIN, T.N. et al. Uso do software imageJ na estimativa de área foliar para a cultura do feijão. Interciencia, v.38, n.12, p.843-848, 2013.
MARTINS, E.G.A.; PIRANI, J.R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Moraceae. Bol. Bot., v.1, n.28, p.69-86, 2010. doi:10.11606/issn.2316-9052.v28i1p69-86
MAURANO, L.; ALMEIDA, C.A.; MEIRA, M. Monitoramento do desmatamento do cerrado brasileiro por satélite - prodes cerrado. São José dos Campos: In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, p.191-194, 2019.
MITTERMEIER, R.A. et al. Brief history of biodiversity conservation in Brazil. Conserv. Biol., v.19, n.3, p.601-607, 2005. doi:10.1111/j.1523-1739.2005.00709.x.
NEVES, M.L.P. et al. Ensaio para detectar bergapteno na casca e no caule de Brosimum gaudichaudii Tréc através da produção de melanina em actinomicetos. Rev. Bras. Farmacog., v.12, p.53-54, 2002. doi:10.1590/S0102-695X2002000300026
OLIVEIRA, J.A.C. et al. Estimativa da área foliar de Cinnamodendron dinisii a partir das dimensões lineares. Sci. Nat., v.5, n.1, p.338-347, 2023. doi: 10.29327/269504.5.1-23
POZETTI, G.L. Brosimum gaudichaudii Trécul (Moraceae): da planta ao medicamento. Rev. Ciênc. Farmac. Bás. Aplic., v.26, n.3, p.159-166, 2005.
RIBEIRO, J.F.; WALTER, B.M.T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. Brasília: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 1998.
SANTOS, M.F. et al. Estimativa da área foliar de Siparuna guianenesis Aubl. (Siparunaceae) utilizando método não destrutivo. Nucleus, v.19, n.2, p.5-16, 2022. doi: 10.3738/1982.2278.3996
SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odesa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, p.639, 2005.
TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Elizabeth Rojas Perez, Júlia Assunção De Castro Oliveira, Glycia Ferreira de Rezende, Manuel Losada Gavilanes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.