Agrotóxicos: Grupos Químicos e sua Possível Relação com Morbidades não Transmissíveis em Mato Grosso do Sul e Amazonas, de um Estudo Comparativo

Autores

  • Luciana Virgili Pedroso Garcia Universidade Anhanguera-Uniderp, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. MS, Brasil.
  • Ademir Kleber Morbeck de Oliviera Universidade Anhanguera-Uniderp, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. MS, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9373-9573
  • Rosemary Matias Universidade Anhanguera-Uniderp, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. MS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0154-1015

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2023v27n1p02-07

Resumo

O Estado de Mato Grosso do Sul está colocado em sétimo lugar no ranking brasileiro de consumo de agrotóxicos, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Tal fato pode acarretar uma série de consequências negativas à saúde humana, tais como problemas relacionados aos efeitos cancerígenos de determinadas substâncias. Este trabalho propõe avaliar a correlação entre a exposição humana aos agrotóxicos mais utilizados no Estado e a prevalência de morbidades não transmissíveis atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em ambiente hospitalar no período de 2013 a 2019. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica com data superior a 1998 na base de dados do SciELO (Scientific Electronic Library), PubMed, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com as informações a respeito das morbidades mais prevalentes obtidas por meio de pesquisa na base de dados do DATASUS referentes ao período de 2013 a 2019. Os resultados obtidos indicaram um número significativo de morbidades hospitalares não transmissíveis que podem estar relacionadas com a exposição crônica aos agrotóxicos em Mato Grosso do Sul, um Estado com economia baseada no agronegócio. Os resultados, quando comparados às informações obtidas no Estado do Amazonas, que apresenta um perfil econômico não direcionado ao agronegócio (26º lugar no ranking no consumo de agrotóxicos), indicaram que Mato Grosso do Sul possui índices superiores relacionados com a ocorrência desses agravos e que a utilização contínua destes produtos pode estar afetando a saúde da população.

Palavras-chave: Contaminação Ambiental. Saúde Humana. Exposição aos Agrotóxicos.

Abstract
The state of Mato Grosso do Sul ranks 6th in Brazil’s pesticides use due to the increase of agribusiness, according to the Ministry of Health. Such a fact may offer a series of negative consequences to health, such as problems related to the carcinogenic effects of some substances ,This paper proposes to evaluate the correlation between human exposure to the most commonly used pesticides in the region and the prevalence of noncommunicable diseases seen by SUS (Brazil’s Unified Health System) in hospital settings in the period from 2013 to 2019. The research methodology was a literature review dating back to 1998 in the SciELO (Scientific Electronic Library), PubMed, Ibama (Brazilian Institute of Environment and Renewable Natural Resources), and Anvisa (National Health Surveillance Agency) databases. The information regarding the most incident or prevalent diseases was obtained by searching the DATASUS database from the period from 2015 to 2019.The results indicated a significant number of noncommunicable diseases that may be related to chronic exposure to pesticides in Mato Grosso do Sul when compared to data from Amazonas that presents an economic profile not directed to agribusiness, taking the 26th place in the ranking in the consumption of pesticides in the country, which presented lower rates related to the occurrence of these diseases.

Keywords: Environmental Contamination. Human Health. Exposure to Pesticides.

Biografia do Autor

Ademir Kleber Morbeck de Oliviera, Universidade Anhanguera-Uniderp, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. MS, Brasil.

Graduado em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1989), mestrado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (1993) e doutorado em Ciências, área de concentração em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (1996). Docente da Universidade Anhanguera-Uniderp no curso de Ciências Biológicas e do Programa em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, área de Ciências Ambientais, na linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável. 

Rosemary Matias, Universidade Anhanguera-Uniderp, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. MS, Brasil.

Graduada em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1988) e mestrado (1995) e doutorado (2010) em Química pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Docente na  Universidade Anhanguera/Uniderp. Nos cursos de Pós-Graduação atua  na área de química ambiental e de Saúde. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico PQ-2.

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Publicado

2023-06-21

Como Citar

GARCIA, Luciana Virgili Pedroso; OLIVIERA, Ademir Kleber Morbeck de; MATIAS, Rosemary. Agrotóxicos: Grupos Químicos e sua Possível Relação com Morbidades não Transmissíveis em Mato Grosso do Sul e Amazonas, de um Estudo Comparativo. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 27, n. 1, p. 02–07, 2023. DOI: 10.17921/1415-6938.2023v27n1p02-07. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/9725. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos