Emergência e Crescimento Inicial de Vassourinha-de-Botão em Diferentes Profundidades de Semeadura e Texturas de Solo
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-6938.2022v26n3p314-320Resumo
A vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata; Rubiaceae) tem ganhado destaque, principalmente, no Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. A escolha do método de manejo está relacionada à biologia desta planta daninha. O objetivo deste trabalho foi avaliar a emergência de vassourinha-de-botão em diferentes profundidades de semeadura e em diferentes texturas do solo. O experimento foi realizado em vasos com capacidade de 1L, em casa de vegetação na Universidade Estadual de Londrina-PR. Os tratamentos foram organizados em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 7 x 2, sendo 7 profundidades de semeadura (superfície; 0,5; 1; 2; 3; 4 e 5 cm), e 2 texturas de solo (textura média: 30% de argila; e textura argilosa: 60% de argila). As avaliações de emergência foram realizadas aos 12, 19, 26 e 33 dias após a semeadura. Aos 33 dias, foram efetuadas avaliações de altura das plantas, comprimento de raízes e massa seca. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p<0,05). Os resultados indicam que a vassourinha-de-botão emerge e se desenvolve melhor quando semeada em superfície e a 0,5 cm de profundidade. Profundidades a partir de 1 cm a emergência foi praticamente inexistente. Altura, crescimento radicular e massa seca de plantas foram maiores nos tratamentos semeados na superfície, seguidos da semeadura a 0,5 cm de profundidade, principalmente, em solo de textura média. Conclui-se que a vassourinha-de-botão apresenta maior emergência e crescimento inicial em solo de textura média, principalmente, quando semeada na superfície do solo, indicando a necessidade de luz para a emergência. Isso indica que tanto o enterrio das sementes quanto a presença de palhada na superfície do solo são boas estratégias de manejo de vassourinha-de-botão.
Palavras-chave: Spermacoce verticillata. Biologia de Plantas Daninhas. Germinação. Textura de Solo. Manejo Integrado de Plantas Daninhas.
Abstract
The occurrence of the false-button weed (Spermacoce verticillata; Rubiaceae) has gained prominence mainly in the Midwest and Northeast regions of Brazil. The choice of management method is related to the biology of this weed. The objective of this work was to evaluate a false buttonweed emergence at different sowing depths and in different soil textures. The experiment was conducted in 1L vases, in a greenhouse at the State University of Londrina-PR. The treatments were organized in a completely randomized design, with four replications, in a 7 x 2 factorial scheme, with 7 sowing depths (surface; 0.5; 1; 2; 3; 4 and 5 cm), and 2 soil textures (medium texture: 30% clay; and clayey texture: 60% clay). Emergence assessments were performed at 12, 19, 26 and 33 days after sowing. At 33 days, plant height, root length and dry mass were evaluated. Data were submitted to analysis of variance and Tukey's test (p<0.05). The results indicate that the false-button weed emerges and grows better when sown on the surface and at 0.5 cm depth. From depths of 1 cm, emergence was practically non-existent. Height, root development and plant dry mass were higher in treatments sown on the surface, followed by sowing at 0.5 cm depth, mainly in medium textured soil. It is concluded that the false buttonweed presents greater emergence and initial growth in medium textured soil, especially when sown on the soil surface, indicating the need for light for emergence. This indicates that both the seeds’ burying and the presence of straw on the soil surface are good strategies for the management of false buttonweed .
Keywords: Spermacoce verticillata. Biology Weed. Germination. Soil Texture. Integrated Weed Management.