Anacardiaceae na Medicina Tradicional de Comunidades Rurais do Piauí, Nordeste do Brasil

Autores

  • Ykaro Richard Oliveira Secretaria de Estado da Educação. PI, Brasil.
  • Welinton Gustavo Moreira de Sousa Universidade Federal do Piauí. PI, Brasil.
  • Paulo Henrique da Silva Secretaria de Estado da Educação. PI, Brasil.
  • Ana Carolina Landim Pacheco Universidade Federal do Piauí. PI, Brasil.
  • Maria Carolina de Abreu Universidade Federal do Piauí. PI, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2022v26n1p32-42

Resumo

O objetivo desta revisão bibliográfica foi levantar as espécies de Anacardiaceae utilizadas na medicina tradicional de comunidades rurais do Piauí e confrontar essas aplicações com os resultados de testes laboratoriais acerca dos efeitos biológicos de extratos desses vegetais. Para tanto, foram buscados artigos científicos nos bancos de dados: Google Scholar, Latindex, PubMed, SciELO e Science Direct. Foram incluídos nesta pesquisa os artigos publicados entre 2010 a 2019 e que revelaram os usos medicinais de pelo menos uma espécie de Anacardiaceae em comunidades rurais piauienses. Foram encontrados 11 artigos científicos, sendo registradas sete espécies usadas principalmente como analgésicos, anti-inflamatórios, antidiarreicos e no combate a danos causados por agentes infeciosos. O gênero Spondias foi o mais representativo (3 espécies), seguido por Astronium (2 spp.). Cascas, folhas, frutos e raízes são as partes botânicas utilizadas na busca das propriedades curativas, prevalecendo o uso da casca (6 spp.). Astronium urundeuva foi a espécie que apresentou maior versatilidade de aplicações, seguida por Anacardium occidentale. Diversas aplicações medicinais registradas neste estudo carecem de análises laboratoriais que indiquem seu poder curativo, expondo, assim, a necessidade de novas investigações que atestem as propriedades terapêuticas dessas plantas. Espera-se também que futuras pesquisas ampliem o número de registros de espécies de Anacardiaceae no Estado.

 

Palavras-chave: Aroeira. Plantas Medicinais. Propriedades Farmacológicas. Spondias

 

Abstract

The aim of this bibliographic review was to survey the Anacardiaceae species used in the traditional medicine of rural communities in the State of Piauí and compare these applications with the results of laboratory tests on the biological effects of extracts from these plants. For that, scientific articles were searched in the databases: Google Scholar, Latindex, Pubmed, Scielo and Science Direct. This research included articles published between 2010 and 2019 that revealed the medicinal uses of at least one Anacardiaceae species in rural communities in Piauí. 11 scientific articles were found, and seven species were recorded, mainly used as analgesics, anti-inflammatory, anti-diarrheal and against damage caused by infectious agents. The genus Spondias was the most representative (3 species), followed by Astronium (2 spp.). Bark, leaves, fruits and roots are the botanical parts used in the search of the healing properties, prevailing the use of the bark (6 spp.). Astronium urundeuva was the species with the greatest application versatility, followed by Anacardium occidentale. Several medicinal applications registered in this study lack laboratory analyses that indicate their healing power, exposing the need for new investigations that attest the therapeutic properties of these plants. Future research is also expected to increase the number of records of Anacardiaceae species in the State.

 

Keywords: Aroeira. Medicinal Plants. Pharmacological Properties. Spondias

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Publicado

2022-03-30

Como Citar

OLIVEIRA, Ykaro Richard; MOREIRA DE SOUSA, Welinton Gustavo; DA SILVA, Paulo Henrique; LANDIM PACHECO, Ana Carolina; DE ABREU, Maria Carolina. Anacardiaceae na Medicina Tradicional de Comunidades Rurais do Piauí, Nordeste do Brasil. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 32–42, 2022. DOI: 10.17921/1415-6938.2022v26n1p32-42. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/9169. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos