Relação dos Parâmetros Derivados da Bioimpedância Elétrica com o Estado Nutricional de Pacientes em Hemodiálise

Autores

  • Marilia Firmino de Castro Ribeiro Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP. Brasil.
  • Juliana Megumi Nisio dos Reis Universidade Federal de São Paulo. SP. Brasil.
  • Ana Paula Bazanelli Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP. Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2017v21n2p98-104

Resumo

Os parâmetros não tradicionais derivados da bioimpedância elétrica (BIA) como reatância, ângulo de fase e massa celular estão cada vez sendo mais utilizados na prática clínica para auxiliar no diagnóstico nutricional dos pacientes com doença renal crônica e, consequentemente, no prognóstico clínico dessa população. O presente estudo teve por objetivo avaliar a relação dos parâmetros derivados da BIA com o estado nutricional de pacientes em hemodiálise. Estudo transversal, realizado com trinta pacientes adultos de uma clínica de Nefrologia localizada na região metropolitana de São Paulo. Foi utilizada a BIA para avaliar esses parâmetros, assim como para avaliar a composição corporal. A amostra foi constituída por homens e mulheres com média de idade de aproximadamente 56 anos. O ângulo de fase dos pacientes foi de 5,9±1,6 graus e apresentou uma correlação negativa com idade (r= -0,69, p< 0,001) e água corporal extracelular (r= -0,93 p< 0,001). A média de reatância foi de 50,9±16,08 ohms e apresentou correlação negativa com a água extracelular (r= -0,82, p<0,001) e positiva com a massa celular (r=0,51, p<0,004). Em relação ao percentual de massa celular, a média foi de 36,8± 6,1%, sendo que a mesma apresentou uma correlação negativa com a idade (r= -0,66, p< 0,001), gordura corporal (r= -0,73, p< 0,001), água corporal extracelular (r= -0,82, p<0,001).Conclui-se que os parâmetros não tradicionais derivados da BIA apresentaram boa associação com o estado nutricional dos pacientes, podendo dessa forma, serem aliados importantes para obtenção do melhor diagnóstico nutricional e, consequentemente, do prognóstico dos mesmos durante o tratamento dialítico.

Palavras-chave: Bioimpedância Elétrica. Estado Nutricional. Diálise.

Abstract
Non-traditional parameters derived from bioelectrical impedance analysis (BIA) as reactance, phase angle and cell mass are increasingly being used in clinical practice to improve the nutritionalstatus of chronic kidney disease patients andthe clinical outcomes in this population. The present study aimed to evaluate the relationship of parameters derived from the BIA with nutritional status of hemodialysis patients. It was a cross-sectional study with 30 adultspatients of a nephrology clinic in the metropolitan region of São Paulo. BIA was used to evaluate as well as to assess the body composition. The mean age of the patients was approximately 56 years. The phase angle of the patients was 5.9 ± 1.6 degrees and it was negatively correlated with age (r = -0.69, p <0.001) andwith extracellular body water (r = -0.93 p <0.001). The mean reactance was 50.9 ± 16.08 ohms and it showed a negative correlation with the extracellular water (r = -0.82, p <0.001) and positively with the body cell mass (r = 0.51, p <0.004). Regarding to the percentage of body cell mass, the mean was 36.8 ± 6.1%, and it presented a negative correlation with age (r = -0.66, p <0.001), body fat (r = -0.73, p <0.001) and with body water extracellular (r = -0.82, p <0.001). The present study concluded that non-traditional parameters derived from BIA showed a good association with the nutritional status of hemodialysis patients. It is important for getting the best nutritional diagnosis and consequently the prognosis of these patientsduring the dialysis treatment.

Keywords: Bioelectrical Impedance. Nutritional Status. Dialysis.

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Publicado

2017-07-30

Como Citar

DE CASTRO RIBEIRO, Marilia Firmino; NISIO DOS REIS, Juliana Megumi; BAZANELLI, Ana Paula. Relação dos Parâmetros Derivados da Bioimpedância Elétrica com o Estado Nutricional de Pacientes em Hemodiálise. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 98–104, 2017. DOI: 10.17921/1415-6938.2017v21n2p98-104. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/4353. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos