Fenilcetonúria: Aspectos Gerais, de Saúde Pública e Situação no Estado de Goiás

Autores

  • Simone Machado Goulart Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás. Itumbiara, GO.
  • Anne Kamille Silva Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás. Itumbiara, GO.
  • João Paulo Victorino Santos Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás. Itumbiara, GO.
  • Fernanda Godinho Cordeiro Ambulatório Multidisciplinar Especializado da APAE de Anápolis. GO, Brasil.
  • Tatiane Soares Machado Ambulatório Multidisciplinar Especializado da APAE de Anápolis. GO, Brasil.
  • Lilliã Pereira Duarte Campos Ambulatório Multidisciplinar Especializado da APAE de Anápolis. GO, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2017v21n2p86-91

Resumo

O objetivo deste trabalho foi estudar a fenilcetonúria e realizar um diagnóstico sobre a situação atual dos fenilcetonúricos no Estado de Goiás, a fim de se conhecer melhor os pacientes, bem como divulgar a doença, a importância do tratamento e a necessidade de investimentos em nível nacional. Os dados dos fenilcetonúricos foram obtidos por meio de seus prontuários organizados pelo Ambulatório Multidisciplinar Especializado da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Anápolis. Os dados agrupados em quadros, sem as identidades dos pacientes, foram organizados e discutidos nesse trabalho. Segundo o levantamento realizado neste trabalho, atualmente, o Estado de Goiás possui 76 pessoas com fenilcetonúria em tratamento sendo que destes 39,5% são do sexo masculino e 60,5% feminino. A maioria dos pacientes são menores de 18 anos (77,63%) e possuem renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos (55%). Os fenilcetonúricos residem em trinta e duas diferentes cidades no Estado de Goiás. Este trabalho servirá de base para maior divulgação e conscientização da fenilcetonúria e da necessidade de investimentos em pesquisas na área da saúde e processos tecnológicos, a fim de desenvolver alimentos de baixo custo destinados a pessoas com a doença, uma vez que a dieta é cara e a maioria dos pacientes possui baixa renda.

Palavras-chave: Fenilcetonúria. Diagnóstico. Goiás.

Abstract
The objective of this research was to study phenylketonuria and to performa diagnosis of the current situation of phenylketonuria in the state of Goiás, in order to better understand patients and divulgate the disease, the importance of treatment and the need for investments nationwide. The information onphenylketonuria was obtained through medical records organized by the Specialized Multidisciplinary Clinic Association of Parents and Friends of Exceptional Children from Anápolis. The information grouped in tables without the patients’ identities were organized and discussed in this work. According to the survey carried out in the work herein, currently the state of Goiás has 76 people with phenylketonuria treated and out of these 39.5% are male and 60.5% female. Most patients are under 18 (77.63%) and have an income of 1-3 minimum wages (55%). The phenylketonurics patiens reside in 32 different cities in the state of Goiás. This work will form the basis for wider dissemination and awareness of phenylketonuria and the need for investment in research in health and technological processes in order to develop low-cost food for the disease carriers, since the diet is expensive and most of patients have low income.

Keywords: Phenylketonuria. Diagnosis. Goiás

Biografia do Autor

Simone Machado Goulart, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás. Itumbiara, GO.

Departamento de Alimentos e Química Analítica

Fernanda Godinho Cordeiro, Ambulatório Multidisciplinar Especializado da APAE de Anápolis. GO, Brasil.

Nutricionista

Tatiane Soares Machado, Ambulatório Multidisciplinar Especializado da APAE de Anápolis. GO, Brasil.

Nutricionista

Referências

ALMEIDA, A.M.; GODINHO, T.M.; TELES, M.S.; REHEM, A.P.P.; JALIL, H.M.; FUKUDA, T.G.; ARAÚJO, E.P; MATOS, E.C.; MURITIBA-JR, D.C.; DIAS, C.P.F.; PIMENTEL, H.M.; FONTES, M.I.M.M.; ACOSTA, A.X. Avaliação do Programa de Triagem Neonatal na Bahia no ano de 2003. Rev. Bras. Saúde Mater. Infan, v.6, n.1, p.85-91, 2006.

AMORIM, T.; GATTO, S.P.P.; BOA-SORTE, N.; LEITE, M.E.Q.; FONTES, M.I.M. M.; BARRETTO J.; ACOSTA, A.X. Aspectos clínicos da fenilcetonúria em serviço de referência em triagem neonatal da Bahia. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant, v.5, n.4, p.457-462, 2005.

APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Anápolis (GO). Disponível em: <http://www.anapolis.apaebrasil.org.br> Acesso em 25 de março de 2014.

BRANDALIZE, S.R.C.; CZERESNIA, D. Avaliação do programa de prevenção e promoção da saúde de fenilcetonúricos. Rev. Saúde Públ, v.38, n.2, p.300-306, 2004

BRASIL: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

BRASIL: Ministério da Saúde - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Informe Técnico N. 49 de 09 de abril de 2012.

DINIZ, L.F.M.; MARTINS, C.C.; CARNEIRO, K.C.; CERQUEIRA, M.M.M.; FERREIRA, A.P.A.; AGUIAR, M.J.B.; STARLING, A.L. Funções executivas em crianças fenilcetonúricas: variações em relação ao nível de fenilalanina. Arq. Neuropsiquiatr, v.62, n.2B, p.473-479, 2004.

FARIA, A.P.M.; FERRAZ, V.E.; ACOSTA, A.X.; BRUNONI, D. Clinical genetics in developing countries: the case of Brazil. Community Genet, v.7, n.2-3, p.95-105, 2004

HOROVITZ, D.D.G.; LLERENA-JR J.C.; MATTOS, R.A. Atenção aos defeitos congênitos no Brasil: panorama atual. Cad. Saúde Pública, v.21, n.4, p.1055-1064, 2005.

JORDE, L.B.; BAMSHARD, M.J.; WHITE, R.L.; CAREY, J. Genética médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.

KANUFRE, V.C.; SOARES, R.D.L; ALVES, M.R.A.; AGUIAR, M.J.B.; STARLING, A.L.P.; NORTON, R.C. Metabolic syndrome in children and adolescents with phenylketonuria. J. Pediatr, v.91, n.1, p.98-103, 2015.

LOPES, F. M.; BRITO, K.W.; PEDATELLA, F.M.; SANTOS, E.P.; SILVESTRE, H.L.; ARAÚJO, D.L.; FERNANDES, K.F. Levantamento epidemiológico da fenilcetonúria no Estado de Goiás. Ensaios e C, v.14, n.2, p.61-70, 2010.

MANCINI, P.C.; STARLING, A.L.P.; ALVES, C.F.T.; MARTINS, T.M.M.; IÓRIO, M.C.M.; Alterações auditivas e fenilcetonúria: uma revisão sistemática. Rev. CEFAC, v.12, n.1, p.140-145, 2010.

MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica Básica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

MEIRA, J.G.C.; ACOSTA, A.X. Políticas de saúde pública aplicadas à genética médica no Brasil. Rev. ciênc. méd. biol, v.8, n.2, p.189-197, 2009

MIRA, N.V.; MARQUEZ, U.M.L. Importância do diagnóstico e tratamento da fenilcetonúria. Rev. Saúde Públ, v.34, n.1, p.86-96, 2000.

MONTEIRO, L.T.B.; CÂNDIDO, L.M.B. Fenilcetonúria no Brasil: evolução e casos. Rev. Nutr, v.19, n.3, p.381-387, 2006.

NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5 ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.

SANTOS, J.S.; AGUIAR, M.J.B.; STARLING, A.L.P.; KANUFRE, V.C.; TIBÚRCIO, J.D.; LIMA, M.O.B. Consumo alimentar de lactentes com fenilcetonúria em uso de aleitamento materno. Rev. Nutr, v.24, n.6, p.863-872, 2011.

SILVA, M.B.G.M.; ZAGONEL, I.P.S.; LACERDA, M.R. A enfermagem na triagem neonatal. Acta Sci. Health Sci, v.25, n.2, p.155-161, 2003.

SOUZA, C.F.M.; SCHWARTZ, I.V.; GIUGLIANIN, R. Triagem neonatal de distúrbios metabólicos. Ciênc. e Saúde Colet, v.7, n.1, p.129-137, 2002.

STRANIERI, I.; TAKANO, O.A. Avaliação do Serviço de Referência em Triagem Neonatal para hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria no Estado de Mato Grosso, Brasil. Arq. Bras. Endocrinol. Metab,v.53, n.4, p.446-452, 2009.

WINTER, R.M.; KNOWLES, S.A.S.; BIEBER, F.R.; BARAITSER, M. The malformed fetus and stillbirth – a diagnostic approac0h. Arch. Dis. Child,v.64, n.2, p.310-312, 1989.

Downloads

Publicado

2017-07-30

Como Citar

GOULART, Simone Machado; SILVA, Anne Kamille; SANTOS, João Paulo Victorino; CORDEIRO, Fernanda Godinho; MACHADO, Tatiane Soares; CAMPOS, Lilliã Pereira Duarte. Fenilcetonúria: Aspectos Gerais, de Saúde Pública e Situação no Estado de Goiás. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 86–91, 2017. DOI: 10.17921/1415-6938.2017v21n2p86-91. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/3755. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos