Estudo Sobre Descarte de Medicamentos e Percepção Ambiental no Município de Macaé

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-6938.2023v27n3p343-353

Resumo

O amplo acesso a medicamentos e o hábito de se automedicar favorecem o acúmulo destes produtos nas residências. Quando não utilizados, os fármacos são geralmente descartados no lixo, vaso sanitário ou pia, forma de descarte considerada inadequada, pois esses resíduos tendem a se acumular no meio ambiente. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e as atitudes dos moradores do município de Macaé em relação ao descarte de medicamentos domiciliares e identificar o nível de conscientização do público. A casuística contou com 240 voluntários de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que foram recrutados através de aplicativo de conversa e e-mail. O instrumento de coleta de dados contendo 17 itens foi compartilhado via link por e-mail ou aplicativo de conversa, para preenchimento individual. Entre os respondentes, 95,8% afirmaram ter medicamentos armazenados em casa; 55,1% descartavam o medicamento não utilizado no lixo e 75,4% afirmaram jogar o medicamento no lixo quando o produto perde a validade. Embora 35,8% tenha respondido que levar o medicamento em um local comprometido com o descarte correto seja o ideal, 84,9% dos participantes desconhecem onde realizar esse descarte no município de Macaé. Os resultados mostram a importância da divulgação dos pontos de coleta de medicamentos no município estudado. Instruir a população sobre os impactos dos resíduos de fármacos quando descartados incorretamente no meio ambiente também é uma medida importante de educação ambiental e em saúde a ser tomada, visando reduzir o impacto desses resíduos tanto para a vida selvagem quanto para a saúde humana.

Palavras-chave: Meio Ambiente. Descarte de Medicamentos. Políticas Públicas. Resíduos

Abstract
The aim of this study was to evaluate the knowledge and attitudes of residents of the municipality of Macaé in relation to the disposal of household medicines and to identify the level of public awareness. The sample consisted of 240 volunteers of both sexes, over 18 years of age, who were recruited through a chat and e-mail application. The data collection instrument containing 17 items was shared via a link via e-mail or chat application, for individual completion. Among the respondents, 9.8% said they had medicines stored at home; 55.1% discarded unused medication in the trash and 75.4% said they throw the medication in the trash when the product expires. Although 35.8% answered that they took the medication to a place committed to correct or correct disposal, 84.9% of the participants did not know where to dispose of it in the city of Macaé. The results show the importance of publicizing the medication collection points in the municipality. Educating the population about the impacts of drug residues when incorrectly disposed of in the environment is also an important environmental and health education measure to be taken, aiming to reduce the impact of these residues on both wildlife and human health.

Keywords: Environment. Drug Disposal. Public Policy. Drug Residues

Biografia do Autor

Francyane Nogueira Gonçalves, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Farmacêutica, Mestre em Ciências Ambientais e Conservação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Samantha Monteiro Martins, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, RJ, Brasil

Farmacêutica, Doutora em Ciências, docente do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Macaé

Rejane Corrêa Marques, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Enfermeira, Doutora em Biofísica, Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2023-11-29 — Atualizado em 2024-02-29

Versões

Como Citar

GONÇALVES, Francyane Nogueira; MARTINS, Samantha Monteiro; MARQUES, Rejane Corrêa. Estudo Sobre Descarte de Medicamentos e Percepção Ambiental no Município de Macaé. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 343–353, 2024. DOI: 10.17921/1415-6938.2023v27n3p343-353. Disponível em: https://ensaioseciencia.pgsscogna.com.br/ensaioeciencia/article/view/10788. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos