Revisão Sistemática de Septicemia Neonatal Equina: Aspectos Microbianos e Terapêuticos
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-6938.2022v26n4p390-397Resumo
A septicemia é uma reação sistêmica frente a presença de microrganismos, ou toxinas provenientes destes, na corrente sanguínea. Os agentes comumente diagnosticados tendem a ser os mesmos presentes no ambiente em que o potro vive, sendo em sua maioria bactérias gram-negativas. A resposta clínica é bastante variável e depende da duração e intensidade da infecção. Inicialmente, pode cursar com sinais inespecíficos como apatia, prostração, diminuição da frequência de ingestão de leite e picos febris, podendo agravar conforme a evolução e aumento da resposta inflamatória. O tratamento compreende terapia suporte, antimicrobianos de amplo espectro e terapia complementar. A taxa de sobrevivência de potros com sepse é bastante variável, sendo descrita de 10 a 70% dependendo dos critérios diagnósticos e terapêuticos adotados. Foram incluídos no artigo somente estudos que abordaram diferentes patógenos causadores de septicemia neonatal equina, bem como os aspectos terapêuticos e prognóstico desta afecção. A busca foi realizada nas bases de dados Wiley Online Library, Science Direct, Beva e Pubmed com o auxílio dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS), vocabulário controlado bilíngue baseado no MeSH (Medical Subject Heading ou U.S National Library of Medicine e seus sinônimos de acordo com as diferentes bases de dados. Dentre 773 estudos encontrados, nove foram selecionados e mostram que os fatores de risco e predisponentes influenciam diretamente o prognóstico e eficácia do tratamento, as associações antimicrobianas utilizadas ainda são eficazes contra a maioria dos agentes isolados na septicemia neonatal equina, e as eutanásias ou óbitos apresentados não foram relacionados à resistência bacteriana.
Palavras-chave: Sepse. Neonatologia. Potros. Antibioticoterapia.
Abstract
Septicemia is a systemic reaction to the presence of microorganisms, or its toxins in the bloodstream. The agents commonly diagnosed tend to be the same ones present in the environment in which the foal lives, being mostly gram-negative bacteria. The clinical response is quite variable and depends on the duration and intensity of the infection. Initially, it may present with nonspecific signs such as apathy, prostration, decreased frequency of milk intake and fever peaks, which may worsen as the inflammatory response progresses. Treatment comprises supportive therapy, broad-spectrum antimicrobials, and complementary therapy. The survival rate of foals with sepsis varies, ranging from 10 to 70% depending on the diagnostic and therapeutic criteria adopted. Furthermore, only studies that addressed different pathogens that cause equine neonatal septicemia, as well as the therapeutic and prognostic aspects of this condition, were included in this paper. The search was performed in the Wiley Online Library, Science Direct, Beva and Pubmed databases with Health Science Descriptors (DECS) help, bilingual controlled vocabulary based on MeSH (Medical Subject Heading or U.S National Library of Medicine and its synonyms). according to different databases. Among 773 studies found, nine were selected and showed that risk factors and predisposing factors directly influence the prognosis and efficacy of treatment, the antimicrobial associations used are still effective against most of the agents isolated in equine neonatal septicemia, and the euthanasia or deaths presented were not related to bacterial resistance.
Keywords: Sepsis. Neonatology. Foals. Antibiotic Therapy.